Prezados Familiares, Estudantes e Educadores, 
Ontem,
 dia 18 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas, iniciamos com os cristãos 
católicos em todo o mundo o Ciclo da Páscoa, com o Tempo da Quaresma. 
Em
 nosso Colégio queremos viver intensa e profundamente este período 
quaresmal, assumindo de modo muito concreto a proposta da Campanha da 
Fraternidade 2015. Por isso, estamos socializando com vocês a carta que o
 Papa Francisco encaminhou a nós brasileiros, por ocasião do início da 
Quaresma e do lançamento da Campanha da Fraternidade. Que esta carta tão
 especial sirva para nossa formação pessoal e motivação para juntos 
assumirmos este itinerário de fé e compromisso com a vida, dom de Deus.
“ Queridos irmãos do Brasil, 
Iniciamos
 a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa: tempo de penitência, 
oração e caridade, tempo de renovar nossas vidas, identificando-nos com 
Jesus através da sua entrega generosa aos irmãos, sobretudo aos mais 
necessitados. 
Neste
 ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, inspirando-se nas 
palavras d’Ele “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para 
servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45), propõe como 
tema de sua habitual Campanha “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.
De
 fato a Igreja, enquanto “comunidade congregada por aqueles que, crendo,
 voltam o seu olhar a Jesus, autor da salvação e princípio da unidade” 
(Const. Dogmática Lumen gentium, 3), não pode ser indiferente às 
necessidades daqueles que estão ao seu redor, pois, “as alegrias e as 
esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo 
dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as 
esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” 
(Const. Pastoral Gaudium et spes, 1). 
Mas,
 o que fazer? Durante os quarenta dias em que Deus chama o seu povo à 
conversão, a Campanha da Fraternidade quer ajudar a aprofundar, à luz do
 Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a Sociedade – 
propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II – como serviço de 
edificação do Reino de Deus, no coração e na vida do povo brasileiro.
A
 contribuição da Igreja, no respeito pela laicidade do Estado (cfr. 
Idem, 76) e sem esquecer a autonomia das realidades terrenas (cfr. Idem,
 36), encontra forma concreta na sua Doutrina Social, com a qual quer 
“assumir evangelicamente e a partir da perspectiva do Reino as tarefas 
prioritárias que contribuem para a dignificação do ser humano e a 
trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem do ser 
humano” (Documento de Aparecida, 384). Isso não é uma tarefa exclusiva 
das instituições: cada um deve fazer a sua parte, começando pela minha 
casa, no meu trabalho, junto das pessoas com quem me relaciono. E de 
modo concreto, é preciso ajudar aqueles que são mais pobres e 
necessitados. Lembremo-nos que “cada cristão e cada comunidade são 
chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção 
dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto 
supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e 
socorrê-lo” (Exort. Apost. Evangelii gaudium, 187), sobretudo sabendo 
acolher, “porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e 
partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o
 nosso tempo – não ficamos mais pobres, mas enriquecemos” (Discurso na 
Comunidade de Varginha, 25/7/2013). Assim, examinemos a consciência 
sobre o compromisso concreto e efetivo de cada um na construção de uma 
sociedade mais justa, fraterna e pacífica.
Queridos
 irmãos e irmãs, quando Jesus nos diz “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 
45), nos ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar 
servindo. Por isso, faço votos que o caminho quaresmal deste ano, à luz 
das propostas da Campanha da Fraternidade, predisponha os corações para a
 vida nova que Cristo nos oferece, e que a força transformadora que 
brota da sua Ressurreição alcance a todos em sua dimensão pessoal, 
familiar, social e cultural e fortaleça em cada coração sentimentos de 
fraternidade e de viva cooperação. 
A
 todos e a cada um, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envio 
de todo coração a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar 
por mim.
Vaticano, 02 de fevereiro de 2015.
Papa Francisco”

 
Nenhum comentário:
Postar um comentário